Cinco regiones rusas que quiren mandar a Rusia a cagar
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Cinco regiones rusas que quiren mandar a Rusia a cagar
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/03/conheca-cinco-regioes-russas-que-querem-se-separar-do-pais.html
Por supuesto, el pinocho del foro no las apoyará porque Putin le parece más apuesto y mejor dictador.
Várias regiões querem se anexar à Rússia, principalmente depois do caso da Crimeia. Mas o outro lado também existe. São os territórios russos que não querem mais fazer parte do país. Conheça cinco regiões russas que querem se separar do país .
Chechênia
A mais conhecida região separatista da Rússia. A região, que chegou a ser independente logo no início da existência da União Soviética, entre 1917 e 1921, caiu sob domínio soviético. Na fase final da Segunda Guerra Mundial, Stálin acusou os chechenos de colaborarem com os nazistas - o que, se pode ter ocorrido em movimentos minoritários, não era a regra - e, num único dia em 1944, lotou trens de gado e enviou 60% da população para a Sibéria e a Ásia Central - 20% da população morreu de fome, sede e maus tratos nessa "viagem".
Na década de 1990, durante o período do desmantelamento da União Soviética, a Chechênia declarou independência. Houve duas guerras entre a Rússia e os separatistas da Chechênia. No final da primeira, o polêmico mas relativamente moderado líder Dzokhar Dudayev foi assassinado num ataque com colaboração tecnológica dos Estados Unidos. A partir daí, passou a haver uma guerra civil na Chechênia com a tentativa da tomada do poder por parte de extremistas islâmicos - o que geraria a terrível Segunda Guerra da Chechênia e os tristemente famosos atentados terroristas do teatro em Moscou e das centenas de crianças em Beslan.
A vitória na segunda guerra da Chechênia também significou a transformação de Vladimir Putin em líder inconteste da Rússia.
Tartaristão
O Tartaristão, ou terra dos tártaros, é a região mais ao norte do mundo com maioria muçulmana. Os tártaros ficaram mais conhecidos agora pelo fato de que muitos dos seus foram deportados em massa da Crimeia por Stálin. Ucrânia e Tartaristão têm mais um ponto em comum. A morte de milhões de pessoas de fome devido às decisões políticas do governo da União Soviética. Entre 1921 e 1922, dois milhões de tártaros morreram de fome. Entre 1932 e 1933, decisão similar na Ucrânia mataria 7,5 milhões de pessoas de fome.
O Tartaristão, ao lado da Chechênia, foi a única das 88 regiões autônomas da Rússia que não assinaram um acordo com a Rússia recém-criada depois do fim da União Soviética. Acabariam sendo forçados a assinar depois - coisa que os chechenos nunca fizeram até serem arrasados militarmente.
Mais da metade da população do Tartaristão considera-se trátara, e apenas 40% russos. Cerca de 55% da população é muçulmana.
Kaliningrado
Quem olha o mapa da Europa muitas vezes não repara que há um pequeno território entre a Polônia e a Lituânia que não é parte de nenhum destes dois Estados-membros da União Europeia. Trata-se de um território histórico da Prússia, e depois da Alemanha. Königsberg, a cidade de onde Kant jamais saiu, fica lá, mas o seu nome de lituano é muito mais legal para ouvidos brasileiros: Karaliaucius - fale isso em voz alta, experimente.
É o enclave russo de Kaliningrado - nome em homenagem a Mikhail Kalinin, chefe de Estado oficial da União Soviética entre 1919 e 1946 - Stalingrado e Leningrado mudaram de nome, mas esqueceram deste. O território foi tomado da Alemanha no fim da Segunda Guerra Mundial e a União Soviética decidiu anexá-lo ao seu território dentro da Rússia soviética - e não colocar Kaliningrado dentro da Lituânia, que também era parte da União Soviética. O território tem grande importância estratégica, pois com mísseis nucleares de pequeno e médio alcances ali dá para atingir quase toda a Europa.
De uns anos para cá, criou-se um movimento autonomista e até independentista. Muita gente passou a chamar a cidade que dá nome à região de Königsberg de novo e foi até fundado um Partido Republicano Báltico. Claro Putin não gostou e o partido se tornou apenas um "movimento da sociedade civil".
Carachai-Circássia e Cabárdia-Balcária
Nos ensinaram que os ingleses eram muito bons na arte de "dividir para governo", mas os mestres são os russos. Se o método tradicional de deportar em massa a população local e depois mandar "colonos" russos para os territórios depois destas ações de limpeza étnica - como fizeram na Crimeia com os tártaros - não for suficiente, tem outro jeitinho russo para resolver o problema. Vamos conhecer essas duas repúblicas vizinhas, Carachai-Circássia e Cabárdia-Balcária.
Os circassianos ganharam alguma notoriedade nos mês passado, pois a área de Sochi, onde foram realizadas as Olimpíadas de Inverno, era circassiana, mas a Rússia czarista fez um muito eficiente processo de deportação em massa no século XIX, uma espécie de inspiração para Stálin no século XX. O recente nacionalismo circassiano tentou aproveitar isso para se tornar mais conhecido, mas os russos também são bons em repressão de ideias políticas, não apenas bandas punk femininas e gays. Para os nacionalistas circassianos, eles e os cabardinos fazem parte do mesmo povo.
Já os balcários e os caraches também têm ligações históricas, compartilhando língua, religião (muçulmana) e processos de deportação em massa de Stálin.
Em comum, o fato de só haver cerca de 25% de russos das duas regiões e um grande desgosto com o passado de dominação russa.
Calmúquia
Para começar, é o único território de maioria budista da Europa, ficando na margem oeste do Mar Cáspio. Durante os anos iniciais, os budistas locais até foram relativamente respeitados, até porque a União Soviética queria usar o suposto bom tratamento aos budistas devido às suas intenções de atrair os territórios budistas da Mongólia e do Tibete para a esfera de influência russa. Mas o fato de os calmuques serem excessivamente não-russos passou a irritar Stálin, que resolveu forçar a coletivização da terra, nos mesmos anos em que fez isso também da Ucrânia, 1932 e 1933, o que provocou a morte de cerca de 25% da população local de fome.
Até aí, tudo bem. Elista, a capital da Calmúquia, foi tomada pelos nazistas, que chegaram com armas e propaganda, Milhares de calmuques se uniram aos nazistas contra os soviéticos, que afinal por dez anos tinham massacrado de fome a população local. Ainda assim, a maioria lutou contra os nazistas. Depois de expulsos os nazistas, Stálin decidiu que toda a população era culpada pelo apoio aos nazistas e ordenou a deportação de toda a população local para a Sibéria e a Ásia Central. Somente em 1957 Kruschev permitiu a volta dos calmuques, que voltariam a ser maioria décadas depois. Hoje, são cerca de 60% da população, sendo 30% de russos.
Mas lá há também um dos mais divertidos líderes políticos-esportivos do mundo: Kirsan Iliumjinov. Ele foi presidente da Calmúquia por 17 anos, entre 1993 e 2010, e é há 19 anos presidente da Federação Internacional de Xadrez, a Fide. Isso fez com que a capital calmuque, Elista, se tornasse a capital mundial do xadrez, com vários dos maiores torneios do mundo sendo realizados lá. Xadrez se tornou um ponto político importante na Rússia, não apenas pela tradição do país neste esporte, mas pelo fato de o ex-campeão mundial Garry Kasparov ter se tornado uma dos maiores opositores a Putin - em 2010 Kasparov se uniria a seu odiado rival dos tabuleiros Karpov para tentar derrotar o presidente calmuque na eleição da Fide. Mas a pressão russa fez com que Iliumjinov permanecesse no posto.
Mas tem uma história mais bacana. Iliumjinov afirma que o xadrez foi trazido para a Terra por ETs. E, para provar tal afirmação disse que foi abduzido por extraterrestres e viajou pelo universo, em 1997.
Por supuesto, el pinocho del foro no las apoyará porque Putin le parece más apuesto y mejor dictador.
Várias regiões querem se anexar à Rússia, principalmente depois do caso da Crimeia. Mas o outro lado também existe. São os territórios russos que não querem mais fazer parte do país. Conheça cinco regiões russas que querem se separar do país .
Chechênia
A mais conhecida região separatista da Rússia. A região, que chegou a ser independente logo no início da existência da União Soviética, entre 1917 e 1921, caiu sob domínio soviético. Na fase final da Segunda Guerra Mundial, Stálin acusou os chechenos de colaborarem com os nazistas - o que, se pode ter ocorrido em movimentos minoritários, não era a regra - e, num único dia em 1944, lotou trens de gado e enviou 60% da população para a Sibéria e a Ásia Central - 20% da população morreu de fome, sede e maus tratos nessa "viagem".
Na década de 1990, durante o período do desmantelamento da União Soviética, a Chechênia declarou independência. Houve duas guerras entre a Rússia e os separatistas da Chechênia. No final da primeira, o polêmico mas relativamente moderado líder Dzokhar Dudayev foi assassinado num ataque com colaboração tecnológica dos Estados Unidos. A partir daí, passou a haver uma guerra civil na Chechênia com a tentativa da tomada do poder por parte de extremistas islâmicos - o que geraria a terrível Segunda Guerra da Chechênia e os tristemente famosos atentados terroristas do teatro em Moscou e das centenas de crianças em Beslan.
A vitória na segunda guerra da Chechênia também significou a transformação de Vladimir Putin em líder inconteste da Rússia.
Tartaristão
O Tartaristão, ou terra dos tártaros, é a região mais ao norte do mundo com maioria muçulmana. Os tártaros ficaram mais conhecidos agora pelo fato de que muitos dos seus foram deportados em massa da Crimeia por Stálin. Ucrânia e Tartaristão têm mais um ponto em comum. A morte de milhões de pessoas de fome devido às decisões políticas do governo da União Soviética. Entre 1921 e 1922, dois milhões de tártaros morreram de fome. Entre 1932 e 1933, decisão similar na Ucrânia mataria 7,5 milhões de pessoas de fome.
O Tartaristão, ao lado da Chechênia, foi a única das 88 regiões autônomas da Rússia que não assinaram um acordo com a Rússia recém-criada depois do fim da União Soviética. Acabariam sendo forçados a assinar depois - coisa que os chechenos nunca fizeram até serem arrasados militarmente.
Mais da metade da população do Tartaristão considera-se trátara, e apenas 40% russos. Cerca de 55% da população é muçulmana.
Kaliningrado
Quem olha o mapa da Europa muitas vezes não repara que há um pequeno território entre a Polônia e a Lituânia que não é parte de nenhum destes dois Estados-membros da União Europeia. Trata-se de um território histórico da Prússia, e depois da Alemanha. Königsberg, a cidade de onde Kant jamais saiu, fica lá, mas o seu nome de lituano é muito mais legal para ouvidos brasileiros: Karaliaucius - fale isso em voz alta, experimente.
É o enclave russo de Kaliningrado - nome em homenagem a Mikhail Kalinin, chefe de Estado oficial da União Soviética entre 1919 e 1946 - Stalingrado e Leningrado mudaram de nome, mas esqueceram deste. O território foi tomado da Alemanha no fim da Segunda Guerra Mundial e a União Soviética decidiu anexá-lo ao seu território dentro da Rússia soviética - e não colocar Kaliningrado dentro da Lituânia, que também era parte da União Soviética. O território tem grande importância estratégica, pois com mísseis nucleares de pequeno e médio alcances ali dá para atingir quase toda a Europa.
De uns anos para cá, criou-se um movimento autonomista e até independentista. Muita gente passou a chamar a cidade que dá nome à região de Königsberg de novo e foi até fundado um Partido Republicano Báltico. Claro Putin não gostou e o partido se tornou apenas um "movimento da sociedade civil".
Carachai-Circássia e Cabárdia-Balcária
Nos ensinaram que os ingleses eram muito bons na arte de "dividir para governo", mas os mestres são os russos. Se o método tradicional de deportar em massa a população local e depois mandar "colonos" russos para os territórios depois destas ações de limpeza étnica - como fizeram na Crimeia com os tártaros - não for suficiente, tem outro jeitinho russo para resolver o problema. Vamos conhecer essas duas repúblicas vizinhas, Carachai-Circássia e Cabárdia-Balcária.
Os circassianos ganharam alguma notoriedade nos mês passado, pois a área de Sochi, onde foram realizadas as Olimpíadas de Inverno, era circassiana, mas a Rússia czarista fez um muito eficiente processo de deportação em massa no século XIX, uma espécie de inspiração para Stálin no século XX. O recente nacionalismo circassiano tentou aproveitar isso para se tornar mais conhecido, mas os russos também são bons em repressão de ideias políticas, não apenas bandas punk femininas e gays. Para os nacionalistas circassianos, eles e os cabardinos fazem parte do mesmo povo.
Já os balcários e os caraches também têm ligações históricas, compartilhando língua, religião (muçulmana) e processos de deportação em massa de Stálin.
Em comum, o fato de só haver cerca de 25% de russos das duas regiões e um grande desgosto com o passado de dominação russa.
Calmúquia
Para começar, é o único território de maioria budista da Europa, ficando na margem oeste do Mar Cáspio. Durante os anos iniciais, os budistas locais até foram relativamente respeitados, até porque a União Soviética queria usar o suposto bom tratamento aos budistas devido às suas intenções de atrair os territórios budistas da Mongólia e do Tibete para a esfera de influência russa. Mas o fato de os calmuques serem excessivamente não-russos passou a irritar Stálin, que resolveu forçar a coletivização da terra, nos mesmos anos em que fez isso também da Ucrânia, 1932 e 1933, o que provocou a morte de cerca de 25% da população local de fome.
Até aí, tudo bem. Elista, a capital da Calmúquia, foi tomada pelos nazistas, que chegaram com armas e propaganda, Milhares de calmuques se uniram aos nazistas contra os soviéticos, que afinal por dez anos tinham massacrado de fome a população local. Ainda assim, a maioria lutou contra os nazistas. Depois de expulsos os nazistas, Stálin decidiu que toda a população era culpada pelo apoio aos nazistas e ordenou a deportação de toda a população local para a Sibéria e a Ásia Central. Somente em 1957 Kruschev permitiu a volta dos calmuques, que voltariam a ser maioria décadas depois. Hoje, são cerca de 60% da população, sendo 30% de russos.
Mas lá há também um dos mais divertidos líderes políticos-esportivos do mundo: Kirsan Iliumjinov. Ele foi presidente da Calmúquia por 17 anos, entre 1993 e 2010, e é há 19 anos presidente da Federação Internacional de Xadrez, a Fide. Isso fez com que a capital calmuque, Elista, se tornasse a capital mundial do xadrez, com vários dos maiores torneios do mundo sendo realizados lá. Xadrez se tornou um ponto político importante na Rússia, não apenas pela tradição do país neste esporte, mas pelo fato de o ex-campeão mundial Garry Kasparov ter se tornado uma dos maiores opositores a Putin - em 2010 Kasparov se uniria a seu odiado rival dos tabuleiros Karpov para tentar derrotar o presidente calmuque na eleição da Fide. Mas a pressão russa fez com que Iliumjinov permanecesse no posto.
Mas tem uma história mais bacana. Iliumjinov afirma que o xadrez foi trazido para a Terra por ETs. E, para provar tal afirmação disse que foi abduzido por extraterrestres e viajou pelo universo, em 1997.
CalaveraDeFidel- Cantidad de envíos : 19144
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Re: Cinco regiones rusas que quiren mandar a Rusia a cagar
Por supuesto que no los dejaran hacer lo que quieren...
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Azali- Admin
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